Uma pesquisa inédita realizada pelo Serviço Social da Indústria (SESI) com 500 médias e grandes empresas revelou que 71,6% procuram dar uma alta atenção à saúde e à segurança de seus trabalhadores – já para 76,6% dessas indústrias, o tema só tende a aumentar nos próximos cinco anos.
Essa atenção se deve principalmente à preocupação das empresas com o bem-estar dos colaboradores, à prevenção de acidentes de trabalho e, também, a uma maior conscientização das empresas em geral.
O levantamento foi realizado entre outubro de 2015 e fevereiro de 2016, mostrando que, para 48% das firmas, as ações de prevenções de risco e segurança no ambiente laboral promovem a saúde dos funcionários e reduzem as faltas ao trabalho. E não para por aí, já que a produtividade também acaba aumentando para 43,6% e há redução de custos para 34,8% – números expressivos para quaisquer médias e grandes empresas.
Alguns dados Ministério do Trabalho e Previdência Social indicam que o número de acidentes de trabalho caiu cerca de 17% entre 2007 e 2013 – o que pode ser considerado baixo. Porém, as empresas estão começando a ficar cada vez mais atentas e focando adequadamente no tema.
O diretor de Operações do SESI Nacional, Marcos Tadeu de Siqueira, destaca: “Os acidentes e doenças trazem grande variedade de despesas, desde custos médicos e indenizações aos trabalhadores e famílias até perda de produtividade e desgaste da imagem das empresas”.
O estudo foi realizado nos mais diversos setores, como o de máquinas e equipamentos, construção, instalação e manutenção, indústria metalúrgica, indústria alimentícia, vestuário, embalagens e plásticos, têxtil, papel e celulose, calçados, energia, madeireiro, bebidas, etc.
Ainda de acordo com as empresas entrevistadas, as questões relacionadas à saúde e segurança que mais afetam, respectivamente, a produtividade dos trabalhadores são: acidentes, estresse no trabalho, doenças crônicas não-transmissíveis, problemas osteomusculares, pressão alta e diabetes. E entre as principais ações que elas tomam estão a gestão do afastamento por doenças (87,8%) e monitoramento de aspectos ergonômicos no ambiente de trabalho, realizado por 84% dos empregadores. Saiba mais no artigo “Entenda o que são os Riscos Ergonômicos no trabalho“.
Fonte: Portal da Indústria
Autor: Reginaldo Pedreira Lapa
Engenheiro de Minas e de Segurança do Trabalho
Diretor da RISKEX