Entenda as diferenças entre as avaliações de risco reativas, preventivas e pró ativas


Ao levarmos em consideração as avaliações de risco como formas de diminuir as chances de ocorrer um evento indesejado e as suas consequências, é possível classificá-las de três maneiras, de acordo com a abordagem: avaliação reativa, avaliação preventiva e avaliação pró ativa. Vamos discutir um pouco sobre cada uma delas para entendermos suas diferenças e o porquê da avaliação pró ativa ser a ideal!

Avaliação de Risco Reativa

A avaliação de risco reativa é quando os eventos indesejados já aconteceram, gerando principalmente danos e lesões mais sérias, e só então buscamos investir na identificação das suas causas, a fim de adotar as melhores medidas capazes de evitar e/ou diminuir as probabilidades que de que ocorram novamente. É um processo mais clássico na investigação de acidentes de trabalho, pois depende de certo aprendizado e apenas pode ser realizado após o acidente.

Infelizmente, a avaliação reativa pode trazer uma falsa sensação de desempenho, ou seja, não é porque não há acidentes que o ambiente está, de fato, seguro. O gerenciamento de reativo dos riscos investe sua energia e seus recursos na investigação de acidentes de trabalho, deixando pouca atenção para as outras avaliações: a preventiva e a pró ativa.

Avaliação de Risco Preventiva

avaliação de risco preventiva trata sobre a identificação de eventos indesejados que, mesmo que tenham ocorrido, não geraram danos e/ou lesões significativas. Ou seja, eventos sem perda de tempo, de primeiros socorros e eventos sem lesões. Esses são importantes também, pois com eles aprendemos a considerar as consequências potenciais de certos eventos indesejados, uma vez que muitos podem não ter resultado em danos ou lesões sérias somente por questão de tempo e espaço.

Temos duas maneiras de aprender com a avaliação de risco preventiva: identificarmos eventos indesejados com alto potencial de consequência, aplicando a eles o mesmo processo dos acidentes com danos e lesões ou, então, utilizar técnicas de análise de acidentes através de estatísticas e ferramentas certas.

No entanto, a avaliação de risco preventiva é a mais carente em questão de indicadores de desempenho. Isso porque os registros desses eventos não costumam ser realizados, assim como a avaliação da consequência potenciais desses eventos também não é uma prática bem difundida. Fato é que a maioria das empresas não dispõe de nenhum indicador para medir a taxa de frequência e as consequências potenciais dos eventos que por questão de tempo e espaço ou mesmo sorte não tenham gerado perdas significativas.

Avaliação de Risco Pró Ativa

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A avaliação pró ativa pode antecipar os eventos indesejados, produzindo barreiras e controles prevenindo o acontecimento de acidentes em potencial.

A mais poderosa avaliação de risco é, sem dúvidas, a avaliação pró ativa, pelo simples motivo de que é através dela que podemos nos antecipar aos eventos indesejados, produzindo barreiras e controles que são necessários para lidar com as situações e prevenindo que os acidentes em potencial aconteçam – algo de extrema importância se as consequências forem maiores e mais significativas.

A avaliação de risco pró ativa, portanto, permite identificar as condições perigosas e analisar os riscos levando em consideração os tipos de controles já existentes e a necessidade de controles adicionais com o objetivo de mitigar tais riscos.

 

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Autor: Reginaldo Pedreira Lapa
Engenheiro de Minas e de Segurança do Trabalho
Diretor da RISKEX

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