4 impactos do ruído no ambiente de trabalho

O ambiente laboral pode apresentar algumas características prejudiciais aos colaboradores. É o caso do ruído no trabalho, situação que se configura como insalubridade quando supera os limites estabelecidos na legislação — comum, principalmente, quando ele acontece de modo contínuo.

Dessa maneira, é importante que as empresas entendam o que é esse conceito e por que é importante implementar medidas de controle de ruídos. Por isso, conhecer os impactos que ele proporciona para os trabalhadores se torna fundamental.

Pensando nisso, preparamos este conteúdo esclarecendo as principais questões sobre o ruído no ambiente de trabalho e como ele afeta os colaboradores. Confira!

O que é o ruído no ambiente de trabalho?

O ruído no ambiente de trabalho, também conhecido como ruído ocupacional, é caracterizado por sons inquietantes gerados por diversos fatores que rodeiam os colaboradores. 

São várias situações que podem se encaixar nessa descrição, por exemplo:

  • uso de fones de ouvido com volume excessivo e tempo prolongado;
  • sons de veículos em movimento, que pode afetar motoristas e pessoas que trabalham próximas ao local de circulação;
  • barulho de motores, como maquinários e ferramentas utilizadas no ambiente.

Limites toleráveis

Devido aos riscos que isso proporciona, a legislação trabalhista prevê, em suas normas regulamentadoras, alguns limites que devem ser observados pelos empregados, além de um adicional remuneratório pela exposição às condições insalubres, se for o caso.

A Norma Regulamentadora 15 traz em seus anexos os detalhes sobre os limites de tolerância para ruídos contínuos, ou intermitentes (anexo II), e de impacto (anexo II). Apenas para ilustrar, o limite previsto para jornadas de 8 horas é de 85 decibéis. Porém, se chegar a 115 decibéis, por exemplo, a exposição permitida é de apenas 7 minutos. 

Quais são os 4 principais impactos que ele traz?

A exposição aos ruídos de forma frequente e acima dos limites estabelecidos na lei gera a obrigação do pagamento adicional por insalubridade em grau médio — equivalente a 20% do salário mínimo. Porém, os impactos ultrapassam as questões financeiras, sendo essencial que o empregador entenda de que maneiras isso pode prejudicar o trabalhador.

A seguir, confira os 4 principais impactos que o ruído no trabalho traz para os colaboradores!

1. Perda de audição

Como se tratam de ruídos, é certo que os problemas de audição podem ser uma consequência. 

Normalmente, isso acontece quando a exposição ao agente se torna rotineira e acima dos limites. Assim, acontece uma perda auditiva progressiva, que costuma ser percebida com maior sensibilidade a frequências de som muito altas. Com o tempo, ela pode se desenvolver outros sintomas, como:

  • zumbidos;
  • dificuldades de compreensão em relação aos sons;
  • perda completa da audição (surdez definitiva).

2. Problemas neurológicos e físicos

Essa situação também pode gerar problemas neurológicos, como dores de cabeça frequentes e insônia. Ademais, existem alguns sintomas físicos que podem surgir e, até mesmo, o desenvolvimento de doenças, por exemplo:

  • hipertensão arterial;
  • cansaço excessivo;
  • problemas gástricos;
  • doenças cardíacas.

3. Sintomas psicológicos

A exposição contínua aos ruídos no trabalho também pode trazer alguns sintomas de ordem psicológica e colaborar com o surgimento de problemas de saúde mental. Veja os principais: 

  • estresse;
  • irritabilidade;
  • depressão;
  • ansiedade.

4. Dificuldades no trabalho

Os problemas citados acima podem trazer outras dificuldades no trabalho, especialmente a falta de concentração. Isso pode trazer diversas consequências, por exemplo: 

  • queda na produtividade;
  • redução na capacidade de aprendizagem;
  • aumento dos riscos de acidentes.

Como controlar a exposição dos trabalhadores?

Devido aos riscos existentes, cabe à empresa tomar medidas para eliminar ou, ao menos, reduzir a exposição aos ruídos, visando prevenir o desenvolvimento de problemas para o trabalhador. 

Para tanto, existem algumas dicas importantes. Veja só:

  • tenha um bom programa de gestão de riscos ocupacionais, garantindo a aplicação de todas as NRs;
  • realize perícias para identificar os riscos existentes no ambiente, utilizando equipamentos próprios, como o decibelímetro e o dosímetro;
  • mantenha os maquinários com a manutenção em dia e, se for o caso, avalie a substituição por opções com menos impactos;
  • construa barreiras para isolar a fonte de ruído, quando possível;
  • implemente o rodízio de tarefas para reduzir o tempo de exposição dos colaboradores aos ruídos;
  • forneça e fiscalize o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs);
  • adote uma rotina de verificação e reavaliação dos níveis de ruído.

Também é importante ter atenção aos limites legais para evitar exposições superiores ao estabelecido. Afinal, mesmo com o pagamento de adicional de insalubridade, ainda há riscos envolvidos e o trabalhador pode desenvolver problemas de saúde.

Como você viu, o ruído no trabalho pode causar diversos impactos na saúde, prejudicando o colaborador e a empresa. Portanto, vale a pena acompanhar os níveis de barulhos no ambiente e adotar medidas para reduzir a exposição dos empregados a essa condição.

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