Conheça as 5 doenças ocupacionais mais comuns no Brasil

O Brasil conta com diversas normas referentes à segurança e saúde no trabalho, visando proteger o bem-estar e integridade física do trabalhador. Contudo, a incidência de doenças ocupacionais no Brasil ainda é elevada, o que demanda maior atenção dos empregadores.

Segundo dados divulgados, em 2018 foram mais de 9 mil Comunicados de Acidente de Trabalho (CAT) emitidos em decorrência de doenças ocupacionais, sendo que há indícios de que ocorreram mais de 99 mil casos não registrados. Sem dúvidas, os números exigem atitudes da empresa para prevenir ocorrências.

Por isso, preparamos uma lista com as 5 doenças ocupacionais mais comuns no Brasil, citando sintomas, causas e formas de prevenção. Continue a leitura e confira!

1. Ansiedade e depressão

Quando se fala em doenças ocupacionais, muitos se esquecem de considerar aquelas que surgem por motivos psicológicos. Porém, são recorrentes os casos de ansiedade e depressão entre trabalhadores — transtornos mentais que podem apresentar sintomas como:

  • tristeza;
  • ausência de prazer nas atividades;
  • preocupação excessiva;
  • irritabilidade;
  • taquicardia;
  • falta de motivação.

Quando relacionadas ao trabalho, elas costumam ser geradas por problemas no ambiente laboral, como falta de reconhecimento, situações de assédio, excesso de trabalho, entre outros motivos. No âmbito das medidas de prevenção, vale citar:

  • investimento em boas lideranças;
  • incentivo às boas relações;
  • melhorias na comunicação interna;
  • criação de metas adequadas;
  • implementação de programas de reconhecimento profissional.

2. Burnout

Também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, ele é causado pela exaustão extrema causada pelo trabalho. Geralmente, o burnout é resultante de situações de tensão e acúmulo de estresse.

Na prática, ela pode apresentar diferentes sintomas que variam conforme o estágio da doença. Veja só: 

  • cansaço físico e mental;
  • dificuldades de concentração;
  • sensação de incompetência;
  • alterações frequentes de humor;
  • falta de cuidados com as próprias necessidades;
  • isolamento;
  • apatia e desânimo.

Como ela tem bastante relação com o próprio ambiente de trabalho, envolvendo metas, pressão, clima organizacional e outras características que afetam o estado emocional, as medidas de prevenção são amplas. Alguma delas são: 

  • ter metas realistas na empresa;
  • evitar o excesso de trabalho e horas extras;
  • trabalhar em melhorias no clima organizacional;
  • oferecer uma estrutura adequada ao trabalho. 

3. LER e DORT

As Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORTs) são dois problemas bastante comuns quando se trata de doença ocupacional. 

A principal diferença nesses casos é que a segunda sempre terá relação com o trabalho, enquanto a primeira pode ter causas externas. Os principais sintomas são: 

  • dor intensa em articulações e músculos;
  • formigamento;
  • tendinite;
  • bursite;
  • síndrome do Túnel do Carpo.

As causas costumam se relacionar com a postura inadequada, movimentos repetitivos e esforços excessivos. Então, é importante adotar algumas medidas, como: 

  • investir em ergonomia;
  • implementar pausas regulares;
  • incentivo aos exercícios e alongamentos;
  • reavaliação das cargas de trabalho. 

4. Perda auditiva

Os transtornos auditivos também são recorrentes quando se fala em doenças ocupacionais. As principais causas são a exposição a ruídos excessivos e/ou de maneira contínua. Entre os principais sintomas, vale destacar: 

  • dores de cabeça;
  • irritabilidade;
  • zumbido nos ouvidos;
  • tonturas;
  • intolerância ou desconforto diante de sons intensos;
  • necessidade de aumentar o volume ou solicitar que pessoas falem mais alto. 

Em relação à prevenção, é importante reavaliar os ambientes e buscar meios de isolar os ruídos, sempre que necessário. Ainda, vale investir em melhores equipamentos de proteção e implementar revezamentos, evitando a exposição excessiva dos trabalhadores aos agentes de risco.

5. Doenças respiratórias

Existem diversos tipos de doenças respiratórias que podem ser desenvolvidas em decorrência das condições de trabalho, como a asma ocupacional e a antracose pulmonar

Seus sintomas são parecidos, tais como: 

  • falta de ar;
  • cansaço excessivo;
  • tosse;
  • reações alérgicas;
  • chiado no peito.

As causas costumam ser a exposição a agentes de riscos, como elementos químicos, poeiras e outras partículas expelidas no ar. Assim, algumas práticas de prevenção são: 

  • uso de exaustores e climatizadores;
  • melhora nos equipamentos de proteção individual e coletiva;
  • considerar a substituição de agentes de risco;
  • trabalhar formas de reduzir a emissão de gases e partículas prejudiciais.

Vale destacar que a Covid-19 também pode ser caracterizada como doença de trabalho. Nesse caso, o risco está na exposição ao vírus, geralmente diante da ausência de medidas de prevenção eficazes, como uso de máscaras, distanciamento social e afastamento de colaboradores diante de suspeitas da doença. 


Além das 5 doenças ocupacionais citadas, existem outros problemas que podem atingir os trabalhadores, além dos próprios acidentes de trabalho. Portanto, é essencial que a empresa adote medidas de segurança previstas na legislação e tenha uma boa gestão de riscos.

Quer acompanhar mais dicas sobre o tema? Siga nossas páginas nas redes sociais — Facebook, LinkedIn, Twitter e YouTube — e fique por dentro das atualizações!

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *