É natural ter dúvidas sobre o papel e o funcionamento da gestão ocupacional. Até porque, em muitos casos, as atividades de saúde e segurança das organizações ainda são bastante informais, e não trazem padrões claros e bem definidos.
Os cuidados, no entanto, trazem um excelente retorno para a empresa. Reduzir acidentes, melhorar a imagem, tornar as pessoas mais produtivas e, é claro, atingir resultados financeiros, tudo isso tem relação com a saúde e segurança no ambiente de trabalho.
Logo abaixo, explicamos o papel da gestão ocupacional e como a área pode beneficiar a sua empresa. Continue a leitura!
O que é gestão ocupacional?
A gestão ocupacional é responsável por promover a qualidade de vida dos colaboradores, do ponto de vista da saúde e segurança no trabalho. Assim, ela mobiliza recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos em atividades voltadas para o bem-estar das pessoas na organização.
No dia a dia, as atividades de gestão ocupacional buscam atingir diversos objetivos:
- mapear os riscos do ambiente de trabalho;
- planejar e implementar medidas para prevenir acidentes e doenças;
- investigar incidentes no ambiente de trabalho;
- realizar ou contribuir com atividades de educação sobre o tema;
- fiscalizar o cumprimento de regras.
Boa parte desse trabalho é pautada em cumprir as exigências da legislação, especialmente as normas regulamentadoras de saúde, segurança e ambiente do trabalho. Logo, também é uma área ligada à conformidade da empresa.
Qual é o setor responsável?
Na prática, todos os setores são co-responsáveis pela gestão ocupacional e pelo investimento em um sistema interno de saúde e segurança do trabalho.
Essa ferramenta trabalha como um indicador de risco, o qual evidencia o nível de perigo que cada área possui. Porém, a responsabilidade de amenizar o risco de uma determinada unidade de produção, por exemplo, pode ser dividida com mais de um setor.
Por isso, a gestão ocupacional não tem apenas um setor responsável. Para que o seu objetivo seja alcançado com eficiência, é fundamental que todas as áreas da empresa contribuam para isso.
Contudo, o pontapé das melhorias de gestão ocupacional está bastante relacionado ao patrocínio da direção da empresa. Esse apoio é fundamental tanto para liberação dos recursos como para mobilizar diferentes setores da empresa em prol de um único objetivo.
Como a saúde e a segurança interferem no desempenho dos colaboradores?
O esforço para mobilizar a organização terá seus benefícios sentidos em todos os setores, do escritório à produção. É que as doenças ocupacionais e os acidentes de trabalho são causa do absenteísmo e do presenteísmo, que afetam o desempenho, mesmo de profissionais qualificados, deixando-os abaixo das expectativas.
O absenteísmo é a ausência do profissional quando, em uma situação normal, ele deveria estar trabalhando. Faltas injustificadas, acidentes, doenças e tempo de recuperação são exemplos da relação entre saúde, segurança e produtividade.
Já o presenteísmo ocorre quando, apesar de fisicamente presente, o profissional não tem produtividade. Problemas físicos e psicológicos causados pelo ambiente de trabalho são fatores que podem causar essa queda de desempenho. Logo, é um assunto que também está ligado a boa gestão ocupacional.
Quais são os benefícios de uma boa gestão ocupacional?
Além dos avanços de desempenho, uma boa política de saúde e segurança traz diversos outros benefícios para a empresa. Separamos alguns exemplos.
Reduzir o turnover
O bem-estar contribui para que as pessoas queiram permanecer na empresa e produzam dentro das expectativas da organização. Com isso, enfrentamos um dos principais desafios das empresas, reduzindo as rescisões por dispensa ou pedido de demissão.
Melhorar a marca empregadora
A gestão ocupacional também traz melhorias para a imagem da empresa. Os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais geram prejuízos severos à marca empregadora. Além disso, o bem-estar é um dos benefícios que complementam o salário que mais repercute positivamente junto aos profissionais.
Diminuir custos
Os erros de gestão ocupacional têm um impacto direto nas finanças. Indenizações por acidente, despesas médicas, rescisões contratuais e baixa produtividade são consequências frequentes e que geram despesas para a organização. Logo, o trabalho bem realizado representa um corte de despesas.
Aumentar a produtividade
Por fim, enquanto partes interessadas na organização, os colaboradores são como investidores. Eles entregam competência, comprometimento e tempo, esperando retornos vindos da empresa.
Com efeito, quanto maior for a nossa capacidade de satisfazer as pessoas, maior será o interesse em manter ou ampliar esse investimento. E saúde e segurança são peças-chave para que as pessoas queiram entregar mais produtividade.
Sendo assim, a gestão ocupacional influencia vários dos pilares do resultado financeiro da organização. Reduzir custos, produzir mais e consolidar a marca empregadora para atrair e reter talentos, tudo isso será fundamental para o desempenho da empresa.
Para se aprofundar no tema, acesse nosso conteúdo “Saiba tudo sobre as novas disposições gerais e GRO” e conheça as normas mais recentes de saúde e segurança no trabalho!
Comentários