Devido à probabilidade de causar acidentes e doenças, os riscos ocupacionais são condições que precisam estar submetidas a acompanhamentos e controles constantes. Por isso, seu mapeamento é um dos deveres mais importantes das empresas e ele deve ser feito visando o fornecimento de um ambiente adequado para os trabalhadores.
O mapa de riscos adota a classificação exigida pela Portaria n.º 25/1994 do Ministério do Trabalho. Assim, os profissionais devem conhecer as regras para criar um documento útil e que esteja dentro dos padrões definidos pela legislação.
Neste conteúdo, mostramos quais são os riscos ocupacionais e como você pode melhorar as condições do ambiente de trabalho da sua empresa. Continue a leitura e tire as suas dúvidas!
Quais são os riscos ocupacionais?
Os riscos ocupacionais são classificados em 5 grupos, em que cada um deles recebe uma cor indicativa para ser utilizada no mapa de riscos e permitir a rápida visualização das condições de um ambiente.
Confira quais são eles, a seguir:
Verde — Riscos Físicos
Os riscos físicos são formas de energia ou condições no ambiente de trabalho. Ou seja, são os:
- ruídos;
- vibrações;
- radiações ionizantes;
- radiações não ionizantes;
- frio;
- calor;
- pressões anormais;
- umidade.
Uma característica relevante desses riscos é a não dependência do manuseio ou toque para causarem prejuízos ao colaborador, bastando a proximidade.
Vermelho — Riscos químicos
Os riscos químicos são fruto de substâncias presentes no ambiente, que se propagam pelo ar e afetam a pessoa pela via respiratória, como as:
- poeiras;
- fumos;
- névoas;
- neblinas;
- gases;
- vapores.
Além deles, o conceito inclui substâncias, compostos ou produtos químicos.
Marrom— Riscos Biológicos
Já os riscos biológicos são organismos microscópicos que podem infectar os seres humanos e causar danos à sua saúde. Aqui, os principais agentes causadores são:
- vírus;
- bactérias;
- protozoários;
- fungos;
- parasitas;
- bacilos.
Esses agentes podem contaminar as pessoas de diferentes formas, embora o mais comum seja o contato direto — via toque, manuseio ou introdução pela via respiratória.
Amarelo — Riscos Ergonômicos
Os riscos ergonômicos estão ligados à interação das pessoas com os objetos, equipamentos e máquinas, bem como ao estresse físico e psicológico do trabalho. Os principais são:
- esforço físico intenso;
- levantamento e transporte manual de peso;
- exigência de postura inadequada;
- controle rígido de produtividade;
- imposição de ritmos excessivos;
- trabalho em turno noturno;
- jornadas de trabalho prolongadas;
- monotonia e repetitividade;
- outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico.
Assim, é preciso entender os limites das pessoas, orientar os funcionários e exigir uma carga de trabalho razoável para evitar que danos aconteçam.
Azul — Riscos de acidentes
Por fim, os riscos de acidentes se relacionam aos elementos que podem causar ocorrências graves para as pessoas, ou seja:
- arranjo físico inadequado;
- máquinas e equipamentos sem proteção;
- ferramentas inadequadas ou defeituosas;
- iluminação inadequada;
- eletricidade;
- probabilidade de incêndio ou explosão;
- armazenamento inadequado;
- animais peçonhentos;
- outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.
Nesses grupos temos algumas definições que coincidem com os conceitos de insalubridade e periculosidade, sempre que ultrapassam os níveis de tolerância da legislação.
No entanto, a noção de risco é mais abrangente, porque todos os elementos do ambiente de trabalho devem ser controlados, mesmo aqueles que não estão abrangidos pelos adicionais — como a jornada de trabalho e as tarefas repetitivas.
Como gerenciar os riscos ocupacionais?
O papel das empresas é identificar, classificar e prevenir os riscos ocupacionais. Além disso, nos casos em que a natureza do trabalho envolve perigos, é preciso adotar medidas que eliminem o contato ou as consequências do risco para a pessoa, com normas de segurança e uso de equipamento de proteção individual (EPI), por exemplo.
Abaixo, entenda como é possível gerenciar os riscos ocupacionais e proporcionar um ambiente de trabalho mais adequado aos colaboradores.
1. Faça o mapa de risco
Uma boa prática é montar o mapa de riscos ocupacionais. Trata-se de uma planta do ambiente de trabalho com a indicação da localização das ameaças à segurança e a devida classificação pela cor indicativa e nível de perigo.
2. Defina prioridades
A seguir, disponibilize recursos e pessoas para verificar quais riscos ocupacionais podem ser eliminados. Você pode usar a matriz 5×5 para levantar as prioridades e aplicar as medidas corretivas com maior impacto.
3. Adote medidas de prevenção
Também é importante que a equipe trate os riscos ocupacionais de acordo com suas características. Equipamento de proteção individual (EPI), ginástica laboral, mudanças em máquinas e ajustes na jornada de trabalho. Cada ambiente pedirá um tipo de intervenção conforme as condições identificadas.
4. Conscientize os colaboradores
As práticas de educação e comunicação interna são igualmente relevantes. Em muitos casos, o colaborador precisa ser proativo em relação às medidas de segurança, adotando os procedimentos corretos mesmo quando o gestor não está por perto.
Para isso, treinamentos, diálogos diários de segurança e materiais informativos darão uma contribuição valiosa.
5. Invista em tecnologia
Os gestores de segurança do trabalho podem otimizar seus processos eliminando planilhas, tarefas repetitivas, retrabalhos e outras ineficiências com software de gestão de riscos ocupacionais. Com a solução digital, é possível acompanhar o mapa de risco, planos de ação, avaliações e demais processos digitalmente.
A tecnologia é uma grande aliada no gerenciamento de riscos ocupacionais. Afinal, o gestor precisa ter visibilidade das condições do ambiente, responder às mudanças e controlar as atividades. E isso será mais fácil com uma ferramenta que automatiza tarefas e centraliza as informações.
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