Riscos biológicos: como identificar e preveni-los?

Os profissionais de segurança do trabalho precisam conhecer os riscos biológicos para desenvolver estratégias efetivas de prevenção. No passado, o tema era mais ligado a atividades específicas, como os serviços de saúde, laboratório e coleta de lixo, mas hoje se tornou uma preocupação de qualquer empresa.

Com a pandemia da Covid-19, fábricas, comércios, prestadoras de serviços e demais negócios têm uma série de novas regras para cumprir. Por isso, evitar a transmissão de doenças se tornou uma prioridade, e os profissionais de segurança do trabalho devem ter atenção.

Para entender o que são os riscos biológicos e receber dicas de como controlar esses agentes, continue a leitura. Esclarecemos as principais dúvidas a seguir!

O que são riscos biológicos?

Os riscos biológicos são a probabilidade de exposição a vírus e seres vivos microscópicos, que, em contato com outros organismos, podem causar doenças. Hospitais, necrotérios, laboratórios e coleta de lixo urbano são alguns exemplos de onde há probabilidade de exposição a esses agentes.

Por serem mais específicos que os riscos químicos e físicos, nem sempre os riscos biológicos estavam no radar das empresas. Porém, com a Covid-19, não só as organizações passaram a se preocupar com o tema, como o poder público realiza uma fiscalização mais intensa das medidas de saúde e segurança.

Qual a sua diferença para os riscos químicos?

Um ponto importante é não confundir os riscos biológicos e químicos. Conforme a NR-9, os riscos químicos são “substâncias, compostos ou produtos”, como “poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores”. Logo, não abrangem microrganismos vivos e vírus.

Ao lado desses, temos os riscos físicos, que são as formas de energia, como “ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes”.

Quais são os tipos de risco biológico?

Os tipos de risco biológico incluem praticamente todos os seres microscópicos que podem causar doenças. A NR-9 cita como exemplo “bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários e vírus”.

Já a NR-32 inclui a cultura de células, toxinas e príons. As culturas seriam células isoladas nos laboratórios; as toxinas são substâncias liberadas por microrganismos, como a causadora do tétano. Por fim, os príons são partículas de proteínas anormais e infecciosas, que podem causar doenças raras ligadas ao sistema nervoso.

De que forma eles podem afetar os colaboradores?

A transmissão dos agentes biológicos pode ser direta ou indireta. Na primeira, o contágio acontece sem nenhum veículo intermediário, como a transmissão pelo ar ou por gotículas expelidas pela boca. Na segunda, há um vetor, como água, alimento e superfícies.

Como devem ser evitados?

Os cuidados com os agentes biológicos seguem justamente essas duas linhas. É preciso adotar medidas preventivas, tanto no contato direto como nos possíveis veículos de transmissão e contágio. Confira quais são elas a seguir:

Defina as normas de segurança

A prevenção passa por adotar protocolos com base na legislação e procedimentos de segurança. Aliás, eles não estão restritos às situações em que existe o trabalho insalubre. Por exemplo, uma empresa que nada tem a ver com manuseio de agentes biológicos pode ter um refeitório e adotar normas sobre a higiene com os alimentos.

Adote os equipamentos de proteção individual (EPI’s)

Os EPI’s são outra medida indispensável. Aqui, a empresa está obrigada a fornecer e fiscalizar os equipamentos, devendo promover medidas para que os colaboradores sigam as normas, como treinamentos, Diálogos Diários de Segurança (DDS) e punição por infrações.

Ofereça treinamentos

Nesse contexto, as medidas de educação merecem destaque. As qualificações têm o objetivo de preparar e conscientizar os colaboradores, especialmente sobre os riscos de comportamentos inseguros e protocolos de higiene ocupacional, saúde e segurança.

Monitore de perto

A empresa também deve ter meios para gerir os riscos ocupacionais, monitorando os agentes biológicos e vetores de transmissão. Não à toa, a maturidade dos processos depende da tecnologia de segurança do trabalho, que traz os recursos para acompanhar os riscos e medidas preventivas de perto.

Como são as bonificações por tempo de exposição?

Um último ponto são os cuidados com a legislação sobre insalubridade, uma vez que os riscos biológicos geram direito ao adicional. No anexo XIV da NR-15, vemos que a exposição pode ser de grau máximo ou médio.

  • Grau máximo: concede o adicional de 40%. O direito está ligado ao manuseio ou contato com os microorganismos presentes no trabalho relacionado a pacientes com doenças infecto-contagiosas, lixo urbano e esgotos, entre outros.
  • Grau médio: concede o adicional de 20%. Nesse caso, a atividade do trabalhador não diz respeito ao manuseio ou contato direto com causadores de doenças infectocontagiosas, mas há o risco. É o caso de laboratórios biomédicos, cemitérios, resíduos de animais deteriorados, atendimento ao paciente em hospitais e serviços de saúde, entre outros.

Nos riscos biológicos, o tempo de exposição não afeta o recebimento dos adicionais e a aposentadoria especial, bastando o trabalho em contato permanente. A empresa deve ficar atenta à documentação sobre as condições dos profissionais, como laudo técnico e PPP.

O ideal é sempre monitorar os ambientes de trabalho e implementar medidas preventivas. Ao agir antes de ter problemas, você protege a saúde dos colaboradores, eliminando consequências negativas à imagem da empresa, bem como resultados financeiros indesejados, como multas e indenizações. Por isso, é importante investir em tecnologia para ter visibilidade, acompanhar e controlar os ambientes de trabalho.

Na Riskex, contamos com um software de gestão de riscos ocupacionais completo e especializado, tornando possível centralizar todos os processos em uma única plataforma e simplificar a administração dos riscos biológicos, químicos e físicos na empresa.

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